27/01/2014

2014 e as novas perspectivas do Azeite Extra Virgem no Brasil

Feliz Ano Novo!  2014 entrou azeitado e cheio de novas perspectivas para o consumo do alimento mais saudável à nossa disposição.

Em um artigo muito interessante publicado no site http://www.georgofili.info, o especialista italiano Alfredo Marasciulo nos diz:

"Não precisa ser um expert para perceber o descontentamento entre a maior parte dos profissionais do setor da produção e do comércio do azeite extra virgem de oliva que lamentam uma crescente dificuldade em vender seus produtos a preços remunerativos.
Tal estado de fato, que à primeira vista poderia ser considerado como o problema principal, na realidade não é outro que uma das consequências daquilo que no estado atual é o verdadeiro problema que domina o azeite extra virgem de oliva, limitando-lhe o consumo e seu crescimento no mercado: O ESCASSO CONHECIMENTO DA PARTE DO CONSUMIDOR."

Eu ousaria dizer mais que isso, não só da parte do consumidor, mas da grande parte dos participantes de toda a cadeia que comercializa o produto, do importador, ao transportador, distribuidor e comerciante final.

Em um longo e excelente artigo escrito no site indicado acima, esse respeitado profissional descreve claramente todas as etapas da produção do azeite e os fatores que influenciam e determinam a qualidade do produto, perceptível por análises físico químicas e sensoriais e enfatiza a importância da educação para que informações corretas cheguem ao maior número de pessoas.

Defeitos e atributos positivos encontrados nos azeites estão relacionados ao cultivo, condições climáticas e processos de produção que incluem principalmente a escolha do grau de maturidade da fruta, colheita, forma de extração e conservação.  A elaboração dos extra virgens requer o domínio de todas essas variáveis para a padronização da excelência em todo o lote produzido.

Por outro lado, como bem percebemos nas palavras do especialista italiano, o desconhecimento da parte do consumidor sobre o produto é total, criando distorções no mercado, como a que testemunhamos recentemente no Brasil, quando um órgão civil realizou testes de qualidade em diversas amostras e a divulgação deste, feita de forma pouco criteriosa, deu margem a interpretações que se avolumaram em cascata e não trouxe benefício nenhum a nenhuma parte, pois o essencial não foi feito: a transmissão da informação correta.

Assim sendo, o primeiro artigo de 2014 enfatiza o descortinar do Ano Novo com o viés educacional.
Das grandes indústrias ao produtor artesanal, todos precisam estar juntos no esforço de levar ao consumidor o conhecimento que o permita realizar a escolha adequada ao fim desejado.

Puro de oliva, virgem ou extra virgem, de maior ou de menor qualidade, todo azeite tem sua utilização, conservação, característica sensorial e composição físico química.  Cabe conhecer o que nos é mais adequado para fugir das fraudes, dos enganos, do uso incorreto para usufruir da totalidade dos benefícios que esse sagrado alimento pode trazer.

2014 irá consolidar esse caminho.  Aulas, cursos, palestras, oficinas, degustações, artigos, postagens, programas de TV, inúmeras atividades serão conduzidas ao longo do ano que enfatizarão a necessidade do conhecimento para o aprofundamento dessa cultura.

O elucidativo artigo do Alfredo merece tradução completa. Por ser extenso, me comprometo a fazê-la no decorrer das próximas postagens. O viés do ano foi dado... Aos avisados e desavisados: provem, degustem, experimentem, lancem-se em aventuras sensoriais que sempre proporcionarão percepções únicas e, por isso mesmo, conduzirão a lugares únicos; experiência azeitada e prazerosa.



 A educação sensorial e o conhecimento

Na colheita 2014 em Castillo Canena