O Jardim de Getsemani, que literalmente significa prensa de azeite, é um jardim no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, onde se acredita que Jesus e seus discípulos tenham orado na noite anterior à sua Crucificação.
Alimento ancestral e sagrado, o azeite de oliva tem profundo significado na cultura judaico-cristã e sempre está presente nas celebrações da Páscoa. Tradicionalmente na mesa brasileira desde o início do tempo colonial, é tradução de prosperidade, paz e união!
O momento de expansão da olivicultura e da produção do azeite que testemunhamos no mundo hoje só é comparável ao apogeu do Império Romano em importância econômica.
O Brasil, cuja produção de 2017 baterá recorde histórico com volume de aproximadamente 110 toneladas, deverá produzir quase 100% de extra virgens e com surpreendente qualidade sensorial.
De janeiro a junho deste ano tive a oportunidade de viajar a distintas áreas produtoras, da Mantiqueira aos Pampas gaúchos e se não pude ir até o produtor, vários me enviaram amostras de sua produção e pude avaliar a evolução do produto nacional, sua diversidade e riqueza sensorial, que nada deixa a dever aos bons azeites do Mediterrâneo. Maduros, herbáceos e muito equilibrados, o azeite brasileiro nos brinda com seu máximo frescor em plena Páscoa!
É um fato histórico e há que se comemorar: nunca em toda a história da alimentação no Brasil, tínhamos a chance de consumir azeites tão frescos nesse período! Recém saído dos lagares do país, alguns há poucas semanas ou dias, seus aromas traduzem terras brasileiras e enchem de vida as celebrações da Páscoa, momento em que comemoramos o renascimento, a renovação, a transformação, a passagem, o fim de um ciclo, o início de outro, enfim, evocamos, cada um à sua maneira, a coragem para mudar! O novo azeite traz em si todos esses sentidos!
Nada pode ser mais significativo para o momento histórico que vivemos! Feliz Páscoa!
A pomba e o ramo de oliveira, símbolo mundial da paz
O Jardim de Getsemani
O azeite brasileiro e a nova paisagem oleícola
Eu, alguns professores e as turmas de Gastronomia do IBMR de todos os períodos tivemos a gratificante oportunidade de assistir à sua palestra e experimentar o azeite brasileiro Verde Ouro. Que deliciosa surpresa. O Verde Ouro foi eleito por nós o predileto da degustação por unanimidade.
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